No Brasil, muitos cursos de inglês ensinam o idioma muito bem, mostram como ele funciona, suas regras gramaticais, tempos verbais, expressões formais e informais, etc.
Mas deixam de focar no objetivo principal de grande parte dos alunos que estão ali: falar inglês. O aluno memoriza vocabulários aleatórios, faz montes de exercícios em livros e online, completa lacunas, lê diálogos e volta e meia também os escuta, mas quase nunca – ou nunca – pratica nada do que aprendeu. No fim das contas, é como se ele lesse um livro sobre basebol, soubesse todas as regras, reconhecesse as posições, aprendesse como se marca pontos e mesmo soubesse o peso da bola e do taco, mas nunca tivesse jogado.
Se analisarmos bem, fica claro que é mais difícil aprender sobre uma língua do que utilizá-la. Por exemplo, quando você começou a usar a língua materna, tinha dois anos ou menos. Quando passou a dominá-la quase por completo, tinha cinco ou seis. Mas só passou a estudá-la, compreender sua gramática, aprender os nomes de cada tempo verbal, com dez ou doze anos. Quer dizer que se alguém estuda inglês por muito tempo, mas nunca consegue falar nada na língua, seu foco está em um ponto diferente. Se já faz um ano que você estuda inglês, mas não consegue falar nada, reconsidere o modo como está aprendendo a língua.
Como aprender a falar a língua?
Então, como deve ser aprender a falar inglês? Deve ser o mais naturalmente possível. Quando você começou a falar a língua materna, não ficou noites inteiras memorizando listas de vocabulários e tempos verbais, certo? No começo, você vai entender um pouco do que os outros falam, mas não vai conseguir formar frases. Talvez arrisque uma palavra ou outra para se fazer entender.
Por exemplo, chegando em um mercado no Estados Unidos, pode perguntar “oranges?” para o vendedor, e ele vai levá-lo até a gôndola de laranjas. É completamente normal, no entanto, que você passe por um período de silêncio e observação para começar a entender o que as pessoas falam. Se um professor diz “Go out there and call your friend”, apontando para fora da sala, você pode ter entendido só a palavra “friend”, mas vai entender mesmo assim que é para sair e chamar o seu amigo.
Com o tempo, vai entender outras palavras, assimilar estruturas gramaticais e falar mais até que suas frases fiquem completas. Você pode passar de “oranges?” para “where oranges?, depois para “where oranges, please?”, até chegar no completo “Where are the oranges, please?”. Esse é o processo natural de aprendizado. Ao estudar uma nova língua, você deve saber dizer se está apenas acumulando informações ou se consegue, lentamente, desenvolver sua capacidade de se comunicar através dela.
Conclusão
Se você quer aprender a falar inglês, escolha um bom curso cujo método ajude-o a compreender e praticar a língua, que não ensine só regras gramaticais e sim envolva muita conversação. Isso é o mais importante para iniciantes. As regras são para ajudá-lo a fazer associações e aprender mais rápido do que uma criança aprenderia, mas é a prática constante que dá agilidade para manter uma conversa agradável com confiança.
Você possui algum método pessoal para treinar a fala em inglês? Compartilhe sua experiência conosco!
Forte Abraços e até a próxima! Carlos Marques